Olá amados irmãos e irmãs!

A Igreja Católica professa a fé na Assunção de Nossa Senhora.
“No dia 1º de novembro de 1950, o Papa Pio XII na bula Magnicentissimus Deus declarou o “dogma revelado por Deus que a Imaculada Mãe de Deus, preservada imune de toda a mancha da culpa original, terminado o curso  de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória celestial” (DS 3903).

O dogma da Assunção significa a glorificação em corpo e alma da Santíssima Virgem. Depois de sua vida terrena, a Mãe do Senhor encontra-se antecipadamente no estado escatológico dos justos na ressurreição final. Nesse sentido, a crença no dogma da Assunção enche de esperança o coração dos fiéis, pois une a dimensão antropológica, do sentido da existência humana, com o destino escatológico, com o fim último, da humanidade redimida pela cruz de Cristo. Esta é a esperança cristã. Participar com Cristo e Maria da glória, na eternidade.

Mas em que a Igreja se fundamenta para a afirmação da Assunção de Maria?

Aqui há toda uma reflexão teológica, por vezes não unânime, com três argumentos: Alguns teólogos buscam o argumento na  descrição do livro do Apocalipse: “Então apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e, sobre a cabeça, uma coroa de doze estrelas” (Ap 12, 1). Outros recorrem ao livro do Gênesis como fundamento: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3, 15).

O terceiro fundamento é a doutrina dos Santos Padres, que desde o século II afirmam uma especial união de Maria com Cristo, na luta contra Satanás. Esta luta contra o Demônio (cf. Gn 3, 15) há de terminar com a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte (cf. Rm 5.6; 1 Cor 15, 21-26; 54-57), na qual há uma participação de Maria por sua associação na obra de seu Filho.

Assim, acreditamos firmemente que a Santíssima Virgem Maria está no Reino dos Céus, foi assunta de corpo e alma, e intercede por cada um de seus filhos e filhas aqui na Terra. Pois, da mesma forma que aqui a Mãe da Igreja associou-se à vida e à obra de Jesus Cristo, ela continua associada a Ele na redenção de todo gênero humano. Neste sentido podemos dizer: Maria é co-redentora.

Vamos nos confiar inteiramente a Nossa Senhora, de todo coração. Deixemos que Maria cuide de nós, nos ajude nas nossas dificuldades, nos console em nossos sofrimentos.

Consagremos a Virgem Maria toda nossa vida, pois ela nos transforma no homem novo e na mulher nova à semelhança de Cristo, conduzindo-nos para o encontro definitivo com Ele no Reino dos Céus.

+ Juarez Sousa da Silva
Bispo de Parnaíba