DOM JUAREZ SOUSA DA SILVA
6º BISPO DE PARNAIBA

Foi na manhã chuvosa da quarta-feira, dia 06 de janeiro de 2016, que a Nunciatura Apostólica no Brasil, fez conhecer que o Santo Padre, o Papa Francisco, nomeou dom Juarez Sousa da Silva como bispo coadjutor da querida Diocese de Parnaíba, transferindo-o da sede episcopal de Oeiras. Essa nomeação atende ao pedido apresentado pelo bispo, Dom Alfredo Schaffler, de poder contar com mais um bispo para auxiliá-lo no trabalho pastoral da diocese. Ao ser nomeado coadjutor, Dom Juarez passaria a ser o próximo bispo diocesano de Parnaíba, fato ocorrido no dia 24 de agosto do mesmo ano, por ocasião da acolhida da renúncia de Dom Alfredo Schaffler pelo santo padre Papa Francisco. Lema Episcopal de Dom Juarez: UT VITAM HABEANT, “Para que tenham vida” (Jo 10,10). Jesus é o Bom pastor que conhece suas ovelhas e por elas dá a vida (cf, Jo 10,14-15). Aqui se expressa a finalidade de sua missão. O Bispo, como discípulo de Jesus, é escolhido para estar com Ele e para ser enviado em missão (cf. Mc 3,14). “Vivemos os tempos da Conferência de Aparecida, cujo tema é “Discípulos e Missionários de Jesus para que n’Nele nossos povos tenham vida”. Como todos os discípulos e, junto com eles, quero seguir a Jesus, mestre da vida e da verdade, na comunhão da igreja. Como Pastor, servidor do Evangelho, quero viver o amor a Jesus Cristo e à Igreja na intimidade da oração e da doação de mim mesmo aos irmãos e irmãs, sobretudo aos mais pobres, “para que todos tenham vida em abundância.” Dom Juarez Sousa da Silva, nasceu no interior do município de Barras, hoje município de Cabeceiras do Piauí – PI, no dia 30 de junho de 1961, é o primogênito dos sete filhos do casal Anísio Marques da Silva e Maria José Sousa da Silva. Cursou o Ensino fundamental na Unidade Escolar Matias Olímpio e Unidade Escolar Gervásio Costa, em sua cidade natal, e o Ensino Médio, no Curso Técnico Tradutor e Íntérprete no Seminário da Assunção, em Jacarezinho-PR, fez bacharelado em Filosofia e Teologia no Seminário Maior Sagrado Coração de Jesus, em Teresina-PI, é graduado em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), Mestre em História Eclesiástica pela Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma – Itália. Ordenações: Diaconal, no dia 10 de julho de 1993, na Catedral de Santo Antonio, em Campo Maior-PI; Presbiteral, em 19 de março de 1994, na Matriz Nossa Senhora da Conceição, em Barras – PI; Episcopal, em 17 de maio de 2008, na Catedral Nossa Senhora da Vitória, em Oeiras – PI, onde seu exerceu seu ministério episcopal, até ser transferido para a Diocese de Parnaíba, como Bispo coadjutor. Funções anteriores ao episcopado: Administrador da Paróquia de são José, em Alto-PI, de 1994 a 1996; vice-reitor e administrador do Seminário Maior Sagrado Coração de Jesus, de 1996 a 1998; Diretor do Instituto Católico de Estudos Superiores do Piauí – ICESPI, de 2002 a 2008; Professor de História da Igreja, Patrística, de 1998 e de 2002 a 2007. Funções atuais: – Bispo Diocesano de Parnaíba – Membro da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, como bispo referencial da Comissão Nacional de Presbíteros. – Vice-presidente da Comissão episcopal da Regional Nordeste 4 da CNBB – Bispo referencial da Juventude na Regional Nordeste 4.

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DOM ALFREDO SCHAFFLER (Emérito)
5º BISPO DE PARNAIBA

Dom Alfredo Schaffler, ordenado sacerdote em 1968 na cidade de Oeiras, exercia o seu ministério sacerdotal na Arquidiocese de Teresina como Vigário Episcopal, pároco e professor no Seminário Maior Sagrado Coração de Jesus e Juiz Presidente do Tribunal Eclesiástico Regional, quando foi nomeado em 15 de março de 2000 inicialmente como bispo coadjutor de Parnaíba ao lado de Dom Joaquim Rufino do Rêgo. Em 21 de fevereiro de 2001 assumiu como Bispo diocesano a missão como 5º Bispo Diocesano de Parnaíba. No seu pastoreio Dom Alfredo colocou como prioridade a continuação da pastoral vocacional. Além da ordenação de mais sacerdotes, também foram ordenados onze diáconos permanentes para a Diocese. Outra prioridade que foi abraçada é a Pastoral Familiar com um apoio irrestrito a todos os movimentos familiares. As mais de mil comunidades eclesiais que formam 29 paróquias. Contam com um número significativo de catequistas. Anualmente realizem-se diversas semanas catequéticas para proporcionar uma formação contínua. Como Igreja somos a Igreja de Jesus Cristo se formos uma Igreja missionária. Assim aconteceram em todas as paróquias ao longo de diversos anos as missões populares conforme o método do Padre Luiz Mosconi. A Fé sem as obras carece de credibilidade. Assim são mais de cem voluntários que acolhem diariamente crianças em risco nos Centros Sociais para uma formação catequética e humana. No Projeto Social acontecem cursos de corte e costura para uma profissionalização das mães, outras pessoas estão sendo beneficiadas numa horta comunitária. Com isso a Diocese está promovendo sinais de esperança para visibilizar a dignidade das pessoas.
Com alegria e gratidão especial Dom Alfredo Schaffler junto com o presbitério da Diocese acolheu no dia cinco de março de 2016 na pessoa de Dom Juarez Sousa da Silva como Bispo Coadjutor dessa Diocese. Todo povo de Deus da Diocese de Parnaíba estava representado na Igreja Catedral de Nossa Senhora, Mãe da Divina Graça. nesta solenidade que marcou mais um passo na história da Diocese de Parnaíba. O mesmo assumiu como Bispo titular no dia 24 de agosto do mesmo ano, por ocasião da acolhida da renúncia de Dom Alfredo pelo Papa Francisco. A administração de Dom Alfredo sempre foi pautada em um modelo de administração moderno e transparente. Desde que chegou à Diocese tem trabalhado para garantir a autossustentação das paróquias, ações pastorais e movimentos. Para isso, tem investido na criação e no fortalecimento dos Conselhos Pastorais e Econômicos, tanto no âmbito diocesano como nas paróquias. Nesse período, foi instalada uma Faculdade de Teologia, num convênio com a Universidade Federal, para a formação sistemática do laicato. Dom Alfredo sempre se empenhou na promoção da vida dos mais necessitados. Por isso criou os centros sociais diocesanos, espaços onde crianças carentes recebem carinho, educação e alimento. Na ação pastoral, está colocando como prioridade a Catequese, e as Pastorais Familiar e Vocacional. No período de seu episcopado, percorreu mais de 640.000 km, nas visitas pastorais, quando se fez presente nos lugares mais distantes das paróquias, criou as seguintes paróquias: Santa Ana, Santo Antônio de Santana Galvão, Santa Luzia, São João XXIII, todas em Parnaíba; paróquia São Francisco de Assis, em Piracuruca; paróquia Nossa Senhora da Assunção, em Luís Correia (Camurupim); paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Piripiri; paróquia São José, em São José do Divino; paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Bom Princípio. Também impôs as mãos em 51 ordenações, sendo 20 diaconais, seguidas das respectivas ordenações presbiterais, e 11 de diáconos permanentes.

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DOM JOAQUIM RUFINO DO RÊGO
4º BISPO DE PARNAÍBA
O quarto Bispo de Parnaíba nasceu em Picos/PI, aos 14 de janeiro de 1926, foi batizado pelo Monsenhor João Hipólito. Estudou no Seminário Sagrado Coração de Jesus, em Teresina-PI. Cursou Filosofia no glorioso Seminário Maior de Olinda-PE. Pela sua inteligência e dedicação aos estudos, foi escolhido para fazer Teologia na Universidade Gregoriana, em Roma, residindo no Colégio Pio Brasileiro. Recebeu a unção sacerdotal das mãos do ex Núncio Apostólico do Brasil, o Cardeal Aloísio Mazella, em 5 de outubro de 1952. Retornando ao Brasil, foi nomeado vigário cooperador de Oeiras e Secretário do Bispado. Foi também Vice Diretor do Ginásio Municipal Oeirense. Sua primeira paróquia foi Simplício Mendes, que assumiu em 1956, sendo ao mesmo tempo vigário encarregado de Paulistana. Era um território imenso, e o zeloso vigário tinha muitas vezes que atender às necessidades religiosas das comunidades, montado a cavalo. Foi o construtor da bela igreja matriz de Simplício Mendes. Cinco anos depois, foi designado para Picos, sua terra natal, onde concluiu as obras da igreja matriz, o mais belo templo gótico do Piauí. Sua grande obra o levou ao episcopado, em 21 de abril de 1971, quando foi designado para a nova Diocese de Quixadá-CE. Foi sagrado bispo em querida matriz, que acabara de construir, aos 4 de julho daquele mesmo ano; dois meses depois, tomava posse de sua primeira Diocese. Em 2 de abril de 1986, foi designado para a Diocese de Parnaíba, onde tomou posse em 21 de junho daquele ano. Estavam presentes o Cardeal Dom Aloísio Lorshaid, Arcebispo de Fortaleza/CE; Dom Miguel Fenelon Câmara, Arcebispo de Teresina/PI; Dom Paulo Pontes, Arcebispo de São Luis/MA; Dom Augusto Alves da Rocha, Bispo de Picos/PI, diversos sacerdotes de todas estas dioceses, inclusive de Parnaíba, uma bela representação de Quixadá-CE, além de autoridades civis representando o Governo do Estado e da Assembleia Legislativa e outras autoridades civis, militares, religiosas, e o povo em geral. Ao assumir, deixou claro que a sua primeira preocupação era o clero, seus principais colaboradores na condução do povo para o reino de Deus. Dezesseis dias depois de empossado, realizou o Primeiro Encontro do Clero, onde lhe foram colocados os grandes desafios. De maneira pedagógica, apresentou-lhes a “Mensagem do Papa aos Bispos do Brasil”, Dom Rufino fez questão de ouvir de cada padre uma ligeira exposição sobre a realidade de suas paróquias, dificuldades e aspirações. Ao assumir a Diocese, Dom Rufino contava com 21 sacerdotes diocesanos; conseguiu instalar na Diocese sete novas comunidades religiosas femininas e, com a abertura do Seminário Menor, a semente das vocações começa a germinar com mais profusão. No seu governo, ordenou quatro sacerdotes e criou as Paróquias de Joaquim Pires e São João da Fronteira. Para dar suporte financeiro à Diocese, procurou também fazer crescer o patrimônio diocesano, iniciado por Dom Felipe e continuado por seus sucessores. Dom Rufino adquiriu para a Diocese dez casas residenciais, cujos aluguéis se destinavam à manutenção da Obra das Vocações Sacerdotais e às despesas com as diversas Pastorais. Ampliou o Seminário Menor João Paulo II, aproveitou o antigo Seminário da Graça para transformá-lo em Centro de Pastoral, onde cada pastoral ou movimento teria a sua sala, e onde também eram feitos os encontros dos mesmos. Com a ajuda do exterior, manteve na Diocese um projeto social particularmente voltado para o homem do campo. Com uma dotação de 640.000 marcos, para um período de seis anos. Atuando na área de melhoria econômica das comunidades, com pequenas atividades agrícolas, apicultura e criação de animais domésticos, nos quais os resultados foram consoladores, particularmente na melhoria de rendas e qualidade de vida das famílias assistidas. Entre os eventos mais significativos nestes oito anos, citamos: a segunda visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima à sede das Diocese, em setembro de 1988, atraindo peregrinos de todos os recantos da Diocese e reanimando a piedade mariana; a celebração; com júbilo os 50 anos da criação da Diocese.

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DOM EDVALDO GONÇALVES DO AMARAL
3º BISPO DE PARNAIBA
O terceiro Bispo de Parnaíba nasceu em Recife/PE, aos 25 de maio de 1927, antes de completar 12 anos de idade, ingressou no seminário salesiano, no aspirantado de Jaboatão/PE, onde em 1943 fez o noviciado. Cursou Filosofia, em Natal-RN e São José dos Campos/SP; e Teologia em São Paulo, em cuja Catedral foi ordenado padre em 08 de dezembro de 1954, pelo Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota. Designado para trabalhar em Recife, ali passou 11 anos seguidos exercendo várias funções: Secretário Inspetorial dos Salesianos, Reitor do Santuário do Sagrado Coração, Professor, Delegado especial dos ex-alunos etc … cursou Pedagogia e Orientação, e manteve um programa radiofônico na Rádio Clube, intitulado “Vozes do céu”. Serviu depois nas casas salesianas de Aracaju/SE e Natal/RN, nessa capital, foi membro do Conselho Estadual de Educação. O Padre Edvaldo era pessoa influente nos meios salesianos. Participou do Capítulo Geral XX: de sua Congregação em Roma, de maio de 1971 a janeiro de 1972, e realizou a primeira adaptação das Constituições Salesianas à renovação promulgada pelo Concílio Vaticano II. Participou de vários Congressos e reuniões nacionais e internacionais nos campos religiosos, educacional e jornalístico, inclusive do Festival Internacional do Cinema, em Veneza, em 1971. Eleito Bispo Auxiliar de Aracajú, foi sagrado em 21 de abril de 1975, em Natal, por Dom Luciano Cabral Duarte, de quem foi Bispo Auxiliar por cinco anos. Parnaíba foi sua primeira Diocese como Bispo titular, onde tomou posse na noite de 25 de outubro de 1980, quando ouviu a saudação que lhe dirigiu o Arcebispo de Teresina e administrador Apostólico de Parnaíba. Logo em seguida, o Prefeito de Parnaíba, João Batista Ferreira da Silva, dirigiu a palavra, em nome do povo parnaibano. Entre os presentes destacamos Dom José Freire Falcão, Dom Luciano Duarte, Dom Augusto Alves da Rocha, 30 sacerdotes, autoridades locais e do Estado , o general Tavares Queiroz, vice-governador de Sergipe. Como bispo de Parnaíba, preocupou-se prioritariamente com a pastoral vocacional. Para isso, trabalhou para o aumento das vocações sacerdotais, apesar de nos seus cinco anos de trabalho pastoral na Diocese, só teve a consolação de ordenar um sacerdote, Padre Francisco de Assis, mas deixou um bom número de seminaristas no Seminário Maior de Teresina. Criou a Equipe de Comunicação da Diocese, que foi muito atuante; tinha, nas duas emissoras de rádio, um programa semanal bastante ouvido. Manteve também um boletim diocesano com o título “Diocese em Notícia”. Escreveu três cartas pastorais e fez duas viagens ao exterior (uma peregrinação à terra Santa; em 1981, e outra a Roma, para um curso de Direito Canônico oferecido pela Universidade Gregoriana para os Bispos do mundo inteiro.

Dom Edvaldo dizia que “o seu trabalho mais querido e ao qual sempre deu toda a preferência, foram as Visitas Pastorais”. Nos cinco anos que dirigiu a Diocese, foi constante nesse labor, tendo visitado todas as Paróquias e Capelas. Em 1985, foi transferido para a Arquidiocese de Maceió. Nesse período de vacância a indicação do administrador diocesano coube ao Conselho Diocesano, que escolheu o Monsenhor Antônio Monteiro Sampaio.

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DOM PAULO HIPÓLITO DE SOUSA LIBÓRIO
2º BISPO DE PARNAIBA
Dom Paulo nasceu na cidade de Picos, aos 10 de outubro de 1913. Ingressou no Seminário de Teresina em 1929, sempre se destacou pela inteligência, piedade e austeridade de conduta. Por essas qualidades, foi o escolhido para concluir os estudos em Roma, sendo um dos fundadores do Colégio Pio Brasileiro. Foi ungido sacerdote em 8 de abril de 1939, na Cidade Eterna (Roma), de onde veio para o Piauí. Em Teresina, dirigiu o Ginásio São Francisco de Sales (Colégio Diocesano), onde permaneceu até ser nomeado Reitor do Seminário Sagrado Coração de Jesus, em 1942, e vigário geral em 1943, em cujos cargos esteve até ser eleito Bispo de Caruaru, o que ocorreu em 17 de Março de 1949. Sua consagração episcopal foi em Teresina, no dia 5 de junho deste mesmo ano, sendo o primeiro piauiense a ser ordenado bispo, presidida por dois colegas seus do Colégio Pio Brasileiro: Dom Francisco Expedito Lopes, Bispo de Oeiras, e Dom Luis Mousinho, Bispo de Cajazeiras, na Paraíba. Ele dirigiu a Igreja caruaruense por 10 anos, com muito zelo pelo rebanho, austeridade de vida e plena doação, até ser transferido para a Diocese de Parnaíba, no dia 20 de junho de 1959, cuja solenidade de posse teve início no dia 21 de novembro daquele ano, com a presença do governador, do prefeito de Parnaíba, do presidente da Assembleia Legislativa, uma representação religiosa e política de Pernambuco, o Arcebispo de Teresina, Dom Avelar Brandão Vilela, o Bispo de Oeiras Dom Edilberto, vários sacerdotes, inclusive seus ex-alunos, o povo representante de toda a Diocese de Parnaíba.
A semana de solenidades foi uma oportunidade para conhecer o rebanho, sentir suas aspirações, avaliar suas potencialidades. Em 8 de dezembro, viveu a alegria da ordenação sacerdotal de seu primeiro Padre, Francisco Bossuet de Sales. Durante os vinte anos que passou em Parnaíba, ordenou mais três padres diocesanos. No primeiro ano de sua administração, conseguiu trazer para Parnaíba as Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, a quem foi confiado, principalmente, o ensino religioso nas escolas e igrejas. O departamento de ensino religioso foi criado em 1961. Trouxe também, para a Diocese, os Redentoristas, que assumiram a paróquia de Fátima, e os Franciscanos Menores, que se instalaram em Piripiri. Para sustentação econômica dos seminaristas, reorganizou a Obra das Vocações Sacerdotais em todos as paróquias e construiu o Seminário Nossa Senhora da Graça. Em Parnaíba, havia só a Paróquia Nossa Senhora da Graça, e ele criou mais duas, Paróquias São Sebastião e Fátima. Para melhor ordenamento da Pastoral Diocesana, dividiu a Diocese em três zonas: 1ª – Esperantina, Barras, Batalha, Matias Olímpio e Luzilândia, com sede em Barras, 2ª – Pedro II, Piripiri, Piracuruca, Cocal e Buriti dos Lopes, com sede em Piripiri; e 3ª – Parnaíba e Luis Correia, com sede em Parnaíba. Quando foi criada a Diocese de Campo Maior, Dom Paulo cedeu para seu território, os municípios de Barras, Porto e Nossa Senhora dos Remédios. Em 1974 Dom Paulo foi o grande articulador da sociedade, organizando a “Comissão de Amparo às Vítimas das Inundações” (CAVI), em favor das vítimas da violenta cheia do Rio Parnaíba que ao transbordar deixou cerca de quinze mil pessoas sem teto e sem lavoura, em toda a Diocese , Na cidade de Parnaíba, 5.823 pessoas ficaram ao relento. Em 5 de junho de 1975, recebeu o título de cidadão parnaibano, em reconhecimento pelo seu trabalho à frente da Diocese por mais de quinze anos. Com a saúde abalada, sentindo que não tinha mais condições de permanecer a frente da Diocese, dirigiu ao Papa sua carta de renúncia, cuja aceitação ocorreu em 22 de abril de 1980. Com sua renúncia, foi nomeado administrador da Diocese, durante a vacância, o Arcebispo de Teresina, Dom José Freire Falcão, que assumiu por procuração, no dia 28 de abril de 1980, através do Monsenhor Antonio Monteiro Sampaio, nomeado vigário geral. Ele tinha como costume colecionar peças religiosas, muitas delas estão expostas no Museu de Arte Sacra Dom Paulo Libório, instalado na casa que serviu como sua última residência em Teresina, localizada na esquina da rua Olavo Bilac com rua 24 de Janeiro – Centro Sul de Teresina.

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DOM FELIPE BENÍCIO CONDURU PACHECO

1º BISPO DE PARNAIBA

O primeiro Bispo a ocupar o sólio parnaibano foi Dom Felipe Benicio Conduru Pacheco, maranhense, nascido na então Vila de São Bento dos Perys/MA, em 8 de julho de 1892. Aos 14 anos, ingressou no Seminário Santo Antônio, em São Luis do Maranhão. Em 1911 transferiu-se para o Seminário de Fortaleza, onde concluiu os estudos superiores. Foi ungido sacerdote em 21 de novembro de 1915, na Catedral de São Luis do Maranhão, pelo Bispo Dom Francisco de Paula e Silva. Na Diocese do Maranhão, o Padre Felipe Conduru exerceu as seguintes funções: Capelão da Misericórdia, professor do Seminário Santo Antônio, vigário de sua terra natal, são Bento dos Perys. Em 1925, foi agraciado com o título de camareiro secreto de sua santidade, o Papa Pio XI. Em 1931, foi vigário-geral da Diocese do Piauí; em 1936, foi vigário geral da Arquidiocese do Maranhão. Dom Felipe recebeu a unção episcopal em 22 de abril de 1941, na mesma igreja em que foi ungido sacerdote, sendo eleito Bispo de Ilhéus, na Bahia, onde esteve de 14 de setembro de 1941 a 22 de fevereiro de 1946, quando foi designado Bispo de Parnaíba, onde teve afetivo acolhimento de toda a população, que desde as primeiras horas da manhã lotou a praça da Graça, registrando aquele abraço como a maior concentração popular até então realizada. A solenidade de posse, com as cerimônias exigidas pelo ritual, teve início às 9 horas da manhã de 7 de julho de 1946, com sua chegada em solene caminhada, acompanhado de todo o clero e ladeado pelas autoridades locais e estaduais, e por uma seleta representação da Bahia, do Maranhão e do Ceará, assim Parnaíba concretizava o sonho de ter seu pastor espiritual. Ao assumir a nova Diocese, encontrou como auxiliares imediatos apenas oito padres: Monsenhor Roberto Lopes, Monsenhor Lindolfo Uchôa, Monsenhor Benedito Cantuária, Padre Joaquim Sabino Dantas, Padre Antônio Monteiro Sampaio, Padre Raul Formiga, Padre Jonas Pinto e Padre Áureo José de Oliveira. Após pedidos de ajuda aos Bispos vizinhos, à Nunciatura Apostólica, e a vários Gerais de Ordem e Congregações religiosas, recebeu mais dois sacerdotes que, embora já com longa caminhada, ainda tinham coragem e disposição para a plena doação ao serviço de Deus. Em 29 de dezembro de 1946, ordenou seu primeiro padre diocesano, o Padre José Furtado de Carvalho; em 1952, ordenou o Padre Raimundo José Vieira; em 1954, o Padre Mário José de Meneses, e em 1955, o Padre Oseas Lopes de Mesquita, egresso dos capuchinhos. Conferiu ordens sacras a diversos religiosos do Convento de São Sebastião, mas esses foram destinados ao serviço de sua Província. Um mês depois de ter assumido, começou suas Visitas Pastorais, percorrendo anualmente as paróquias, enquanto governou a Diocese. Sua primeira visita pastoral foi à paróquia da Catedral. Ao ali fazer sua visita canônica, admirou o zelo do seu incansável pároco, sentiu a espiritualidade ativa das associações religiosas, e ficou muito contente com as obras de reforma da Catedral, há pouco concluídas. No Natal de 1947, determinou que os limites das Paróquias seriam os mesmos dos municípios. Durante o seu governo foram criadas as paróquias de Cocal, Matias Olímpio e Porto. Em 1954, Parnaíba celebrou com muita fé o Ano Mariano. Como coroamento destas solenidades, recebeu a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, que veio abençoar os parnaibanos no inesquecível 13 de outubro, dia da última aparição na Cova da Iria. O fruto religioso daquela visita foi a construção da Igreja de Fátima, cuja imagem da padroeira, cópia fiel da imagem peregrina, foi gentilmente ofertada por Dona Maria de Lourdes Pinheiro Machado. Como obras materiais realizadas por Dom Felipe, duas merecem registro especial: – o Seminário Diocesano, construído com muitos sacrifícios, mas não instalado oficialmente, por falta de sacerdotes que o dirigissem, e o Paço Episcopal, novo prédio em que passou a habitar. Dom Felipe também foi homem de muita caridade, e os pobres, dele recebiam tanto o conforto material como o espiritual. Dom Felipe foi admirado como o zeloso pastor amigo de seus padres, era respeitado como o intelectual a serviço da Igreja. Aos doze anos de trabalho à frente da Diocese, foi acometido de problema de saúde que o obrigou a pedir à Santa Sé o seu desligamento, recebendo a resposta pontifícia no dia 16 de fevereiro de 1959, quando voltou para São Luis, onde permaneceu como Bispo Emérito, até a morte. A missão de Administrador da Diocese até a posse do sucessor coube a Dom Avelar Brandão Vilela. No dia 04 de março daquele ano, na presença de alguns poucos padres e autoridades civis, e representação de associações religiosas, representando Dom Felipe Conduru Pacheco, o Monsenhor Benedito Cantuária, pároco de Piracuruca, transferiu a administração diocesana ao Monsenhor Roberto Lopes, representante de Dom Avelar Brandão Vilela. Oito dias depois, Dom Avelar nomeou vigário geral de Parnaíba o Monsenhor Benedito Contuária, que passou a residir na sede da Diocese até a posse do novo titular.

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DOM SEVERINO VIEIRA DE MELO, bispo da Província do Piauí, foi o primeiro administrador da Diocese de Parnaíba, ele muito fez pela criação dessa Diocese. No mesmo dia 8 de setembro de 1945, Dom Severino, como Administrador Diocesano, nomeou como primeiro vigário- geral da Diocese, o Padre Lindolfo Rodrigues de Sousa Uchôa então vigário da paróquia de Barras, que em virtude do cargo, recebeu o título de Monsenhor, depois confirmado pela Santa Sé. Monsenhor Uchôa era natural da cidade de Pedro II, tendo nascido aos 14 de julho de 1884. Fez os primeiros estudos no Seminário de Teresina, concluindo-os em João Pessoa. Ordenou-se em 30 de maio de 1909, sendo logo designado para Floriano, onde além das funções sacerdotais fez-se educador, fundando o Colégio 24 de fevereiro. Esteve, também, uma temporada em sua terra natal. Em 1925, foi nomeado vigário de Barras, onde permaneceu até a morte, com dois pequenos intervalos: 1941, quando passou um ano novamente em Pedro II, e 1945/46, período em que ficou em Parnaíba, como vigário-geral. Poucos meses esteve dirigindo a nova Diocese. Não se ajustou àquele tipo de trabalho, para ele burocrático, e por isso pediu a Dom Severino que lhe permitisse voltar à querida paróquia. Nada de especial se registrou naquele período. Com a renúncia de Monsenhor Uchôa, Dom Severino nomeou, para substituí-lo, o Monsenhor Roberto Lopes, pároco da cidade. Esse nasceu em Piracuruca, em 1891, de um lar cristão que deu à igreja dois ilustres sacerdotes, o mais velho, Padre Clarindo, e o mais jovem, Roberto, ordenado em 1915. Residiu em Parnaíba desde 1919. Por pouco mais de um ano foi cooperador, sendo nomeado, em janeiro de 1921, vigário, cargo que ocupou até a morte, em 1980. Nos anos de convívio com os parnaibanos foi, sem dúvida, a figura mais querida na sociedade civil e religiosa. Em Parnaíba, era o construtor de igrejas, organizador e animador das associações religiosas, fundador dos círculos operários, fundador de jornais, pregador, poeta, jornalista etc. Ao assumir o vicariato geral, teve o papel de organizar a cidade para receber seu primeiro Pastor.