A Diocese de Parnaíba-PI inspirada no ano nacional mariano e na esteira da celebração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida pelos pescadores nas águas do rio Paraíba do sul, em são Paulo e da comemoração dos 100 anos das aparições de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal, propõe-se a realizar um simpósio teológico mariano com o tema: “Maria, porta para Cristo”. O evento estima acolher 120 pessoas e ocorrerá na sede da Diocese, na cidade de Parnaíba-PI, no centro de pastoral Sagrada Família.

            O Simpósio deverá ter como público alvo sacerdotes, religiosos(as), leigos(as) e pessoas interessadas em aprofundar estudos na área de mariologia, vez que durante o período de 06 a 08 de outubro de 2017, os especialistas discorrerão sobre fundamentos bíblicos neotestamentários sobre a Virgem Maria e seu papel na Igreja e na obra da salvação, a importância de Maria na Igreja primitiva a partir dos Santos padres e a espiritualidade mariana.

            O evento de caráter acadêmico e científico contará com as presenças de especialistas em várias áreas teológicas que abordarão a temática da Mariologia sob vários matizes. Assim, estão confirmados os seguintes conferencistas: Dom Jacinto Brito, arcebispo da Arquidiocese de Teresina-Pi, Pe. Clodomiro, Frei Miguel e Dom Juarez, bispo de Parnaíba-PI.

            A abertura do Simpósio Mariano será dia 06 de outubro, às 19h. As conferências e atividades seguirão durante o sábado, dia 07/10 e às 10h30 do domingo, dia 08/10 haverá a celebração da eucaristia para encerrar o evento. As pessoas interessadas devem procurar a cúria diocesana pessoalmente ou ligar para o telefone 3322-2358, a fim de realizar sua inscrição. Seja bem-vindo ao Simpósio!

 Pe. Vicente Gregório e coordenação do Simpósio

 

 

O cartaz do I Simpósio Mariano Diocesano foi criado por Lindomar Santos de Sousa, da Comunidade Imaculado Coração de Maria, Paróquia Santa Ana. A simbologia e sua explicação são da mesma autoria.

A ideia da logomarca surgiu mediante a inspiração da simbologia atribuída à Virgem Maria, bem como o Ano Mariano celebrado na Igreja do Brasil, por ocasião dos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba do Sul. Surge também em comemoração dos 100 anos das Aparições em Fátima, Portugal. Muitas são as motivações, associações e personificações que, mediante aquilo que cremos podemos dizer sobre Maria.

A rede de pesca que vai de uma estação a outra do desenho faz uma menção à mesma rede que foi encontrada a pequenina Imagem de Aparecida pelos três pescadores no Rio Paraíba do Sul no ano de 1717. Os Peixes, além de símbolo de Cristo, foi símbolo abundante do episódio que encontramos no evangelho de Lucas referente a “pesca milagrosa”, também nos faz lembrar o fato ocorrido no mesmo rio acima citado após os pescadores terem encontrado a Imagem da santa.

No centro, temos a Imagem de uma Mulher, a mesma que nos é apresentada no Apocalipse de São João, essa que fora contemplada pelo evangelista, está associada ao salmo 44 “Cheia de Graça a Rainha está, com vestes esplendentes de ouro de ofir. Majestosa a princesa real vem chegando, com seus lindos brocados de ouro”. Essa Mulher que foi escolhida e predestinada por Deus antes de todos os séculos, é a mesma que é Eleita para ser a Mãe do Filho de Deus.

No manto da Virgem Maria, há uma representação do manto que foi ofertado pela Princesa Isabel para ser colocado sobre a Imagem da Conceição Aparecida, assim chamada. Nele está contida a Imagem de uma cidade, a Jerusalém, imagem do povo escolhido por Deus. O Antigo Israel, prenúncio da Igreja, na qual foi alicerçada na rocha firme no monte Sião, Maria é a “Filha Primeira” dessa casa conforme nos recorda São José de Anchieta, apóstolo do Brasil.

A liturgia do advento nos apresenta a seguinte motivação: “Exulta de Alegria, Filha de Sião, porque Eu, o Senhor, vou morar no meio de ti”, Maria é a Filha de Sião. No Menino da Imagem ela nos apresenta o Cristo, o Shalom prometido, o mesmo é o dom da “plenitude dos bens messiânicos” conforme nos recorda o Pe. Estevão Mitros. Ele é o Alfa e o Ômega, “Por Ele todas as coisas foram feitas, e por nós homens e para a nossa salvação desceu do céu e se encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria” (Credo Niceno-Constatinopolitano).

Acima da Imagem de Nossa Senhora está o símbolo do Espírito Santo. Podemos chamar Maria de “Nossa Senhora das Sombras”, conforme nos recorda São Luiz Montfort nos seus cânticos. Nessa mesma Senhora está “a sombra do Espírito Santo” conforme nos recorda Lucas no anúncio do Anjo Lc 1,35 “o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra”. Esse mesmo Espírito que cobre a Cheia de Graça, vem em formas (triangular), fazendo uma menção da Arca da Aliança. O seio de Maria Virgem se torna três tabernáculo do Verbo Eterno, esse mesmo seio é sinal do novo povo de Deus, a “Igreja Nascente”.

Por fim, temos em todo o conjunto dessa logomarca, “Maria de Deus, Maria da gente. A Imagem da nova cidade sem domínio dos grandes ou nobres, do teu canto, ao Final libertados, que teu Deus é do lado dos pobres”, conforme nos recorda o Verbita Pe. Cireneu Kuhn.

A Virgem Maria sempre é a Mulher oferente que nos apresenta o Cristo. Por isso a chamamos de “Nossa Senhora”. É Ela que, como em Caná, aos pés da Cruz, e na Igreja nascente vem até nós em nosso auxílio.

Graça e Paz!

Pe. Raimundo José Ribeiro da Silva

Lindomar Santos de Sousa